quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Enfim, digitalizados!


Quando a procrastinação é relativamente grande, a gente (leia-se eu) não sabe muito bem por onde começar, quais causos contar, quais acasos digitalizar antes que eles se escondam nos buracos negros cerebrais dos desmemoriados.

Vou tentar pincelar um esboço com as cores que estão mais vivas, então.

A minha vida a SP, foi a troca do certo pelo incerto, do pequeno pelo grande, da segurança pela adrenalina.Muitos já me ouviram dizer isto: Fechei os olhos, fechei as malas, abri o coração e parti. E cheguei. Daí me deparo com aqueeele sotaque diferente, às vezes até um português mais surrado mesmo (que provavelmente renderá umas futuras postagens), um clima diferente... me deparo com um mundo totalmente diferente, quase oposto, ao que vivi em 20 anos.Daí vem à cabeça a pergunta clássica: Que que eu tô fazendo aqui?!

Mas eu sabia, eu sempre soube. Embora eu sinta que ainda virão muitas novidades e descobertas que mefarão dizer "Era por isso que eu tinha de estar aqui", não vim totalmente sem noção. E eu me valho de Klink - vindo de tabela por tia Lucimar - para justificar uma parcela de tudo isso:
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver."

Da menor capital do país, para Sum Párlo. Da cidade de , sei lá, seus 800 mil habitantes para uma que só de metrô transporta diaramente 5milhões de pessoas. Seria a NYC brasileira? Sinceramente não sei. Aqui tem Brooklin, ok. Mas aqui tem japa, china, coreia. Na rua tem gente tocando guitarra, saxofone, triângulo... Unsbairros colonizadospor espanhóis, outros por italianos; Tem o misterioso vizinho francês de Laryssa e eu acabei de ver no metrô dois gringos que não sei nem de onde são, por que falavam uma língua muito estranha!
Vai para algum lugar? Metrô+ ônibus+metrô. Vai para outro? ônibus + ônibus+ caminhada. Não sabe como chegar num oooutro lugar? Tem um serviço telefônico gra-tui-to que te ensina passo a passo - e ônibus a ônibus - como chegarlá.Aí eu falo outra frase incansável: Aqui, quem lê placa vai à Roma.Ou pelo menos do Carandiru à Liberdade; do Palmeiras ao Corinthias, da Consolação ao Paraíso. Em SP, você encontra a Luz que procurava. E pode chegar até de trem. Ok, parei de piadinhas menino-amarelo.

Mas tudo isso é fato. Para quem gosta de hip hop, literatura russa, cinema japonês, comida chinesa, café turco, falar árabe, das quatro estações, shows de 300 reais ou shows gratuitos.. Vem pra Sampa! O negoço aqui é arretado, visse? Tu vai achar suave, mano!