segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sexo é vida. Comunicação, então...

É, se alguém te pergunta o que tu faz da vida, aqui em São Paulo, e tu diz que faz P U B L I C I D A D E...pronto!, a babadeira é forte. A galera faz cara de barbie, como fazem em Recife, quando se escolhe Medicina, Direito ou Engenharia pra estudar. Nada contra, galerosos, mas é uma graça. Um dia, fiz sucesso com um menino, na Benedito Calixto quando comentei que fazia publicidade. Ô, povo besta.  

Sim, aqui é o lugar da comunicação, disso não tenho dúvida, umazinha se quer. E é muito bom quando a danada é valorizada, entendida e diferenciada, seja no lado do rádio, do jornal ou da publicidade. NÉ NÃO? Ou é bonito você escutar alguém falar: "Ela faz o que mesmo? Jornalismo, é?", tentando se lembrar do que a bichinha, que cursava publicidade, um curso esquecido, rs, fazia da vida. Esta publicidade, tadinha, que está aí do teu lado, nas tuas abas abertas do firefox, explorer ou chrome, sei lá. Tá bom, esquecido não. As coisas tão mudando, glória a vós.

Ainda em comunicação, mas falando dela em si, descobri, um dia desse, que o ato de comunicar-se é tudo nessa vida. Como amor & sexo (quando rola uma troca de informação perfeita entre os dois, sai de perto!). Tudo nessa vida, nesse mundo, nessa humanidade. E quantos ruídos não existem por aí, quantos ruídos de comunicação! GENTE, se os amores soubessem como tudo pode ser resolvido tão melhorzinho, buscando o canto claro, onde todo mundo se enxerga, quando existe o bate papo face-a-face, não ia ter tanto desentendimento pelo mundo afora. Se, simplesmente, as pessoas parassem um pouquinho e chamassem o amiguinho pra conversar e pra tentar entender o que ele pensa, se ele interpretou errado e, assim, falassem (dessa vez, com outras palavras, por favor, vamo abusar da paráfrase), olhando nos olhinhos, tudo não seria mais lindo? Eu estendo isso pra qualquer relacionamento, belê? Pessoas já são uns lindos problemas, então pra que complicar mais? Ok, gente louca é tudo nesse mundo, mas tem limite. Vamo abusar dos verbos, substantivos, artigos e advérbios que o esquema é fazer-se entendido. Só é isso, pode ser (tragam a Pepsi!)?

Pois bem, se existir alguma coisa melhor do que comunicação, me digam. Comunicación, minha gente. Seja com sinais, com línguas (ui!), com códigos. E os meus admiráveis médicos, bonzinhos advogados e calculistas engenheiros sabem, muy bién, que sem ela não há vida.

Te curto, communication. Um beijo a todos que a atingem daquele jeito. Ou se esforçam.

E viva a Publicidade! 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

delícia é amar.

Duas coisas.

Uma: Paulistas, queridos paulistas, gostaria de dizer que quando vocês falam, admirando e elogiando o sol, o tempo, um passeio, etc e tal, dizendo: "Ai, que delícia! Que gostoso!" eu penso, quase que automaticamente, no lado sexual da coisa. Tô condicionada, só pode.  Desculpem-me, mas devido a algumas frases escutadas de meninos bizarros querendo paquerar meninas lindinhas, dizendo: "Ei, delícia!", eu sempre vou levar seus elogios ao sol, à vida, ao vento a uma conotação médjio sexual. É, rs. Também tem umas músicas (vide gênero swingueira), dançadas com apelo forte ao sexo, que dizem: "Ai, delícia, ai ai, delícia!". A culpa é da indústria cultural, pronto. Achei um culpado. 

Só sei que essa historinha de "delícia" já me trouxe VÁRIAS, eu digo, VÁRIAS risadas e tirações de onda. Minha gente, é uma resenha. É uma delícia. É gostoooooso. 

Duas: O oxe tem várias vertentes, né? E cada uma tem significado. Dia desses, ensinei às meninas o que a gente quer dizer quando a gente solta uns "oxe", "oxente!", "oxe-oxe-oxe". HAHAHA. Ai, ai. Tem ou não tem? E é assim, a gente vai ensinando uns sentidos e aprendendo outros.

Três. É, lembrei agora de uma coisa importante. Pra mim, ao menos. Isso serve pra paulistas, pernambucanos, brasileiros, seres dessa Terra. Seguinte: curtir, adorar, apaixonar-se e amar são coisas beeeem diferentes. Eu disse bem diferentes. Eu espero que quem tiver lendo até aqui, já tenha sentido tudo isso e saiba diferenciar esses sentimentos. Sabe por quê? Porque eu tou cansada de ouvir o verbo "amar", ouvir a galera BANALIZAR o amor assim, pô, tão fácil. Dizendo que ama fulano, ama beltrando SEM AMAR. Gente, o mundo pode ficar louco, rápido, tu-do em real time, mas sei lá, vamo preservar algumas coisas, né? 

Por favor, eu sou apaixonante rs, eu bem sei, mas não venha dizer que me ama sem me amar não. A gente sabe quando existe o negócio de verdade. Nem precisa dizer, a gente sente. É tão bom dar passos importantes, começando no "te adoro!", depois no "te adoro muito" e assim por diante. Infelizmente, nesse mundo do cão, as pessoas dizem isso, facilmente, pra agradar, conquistar ou sei lá o quê. Pra mim, é balela. Eu só acho feio banalizar algo tão bonito.

Te amo é o caralho. Vício de linguagem nada. Ah, será que até "amo fulana" aqui tem outro sentido? Porque eu sempre tive cuidado com o verbo e só o disse quando a coisa era certa, quando batia forte. 

Sou chata com isso rs.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Coragem, gente, coragem.

"Eu gostaria de ir embora para uma cidade qualquer, bem longe daqui, onde ninguém me conhecesse, onde não me tratassem com consideração apenas por eu ser “o filho de fulano” ou “o neto de beltrano”. Onde eu pudesse experimentar por mim mesmo as minhas asas para descobrir, enfim, se elas são realmente fortes como imagino. E se não forem, mesmo que quebrassem ao primeiro vôo, mesmo que após um certo tempo eu voltasse derrotado, ferido, humilhado - mesmo assim restaria o consolo de ter descoberto que valho o que sou."
Caio Fernando de Abreu. 

Falam que vir pra cá é coragem. Que estar longe de todos que sempre estiveram por perto desde que me entendo por gente, é coragem.  Que abrir as asas (citando Mila Queiroz rs) e voar pra cá (mesmo que seja pela TAM), é coragem. Que sair do cômodo de um apartamento com amigas para morar numa casa cheia de estudante que eu nunca vi na minha vida, é coragem. Que dividir sala, TV, cozinha, quase tudo em comum, é coragem. Que estar longe, fisicamente, dos carinhos da família, dos amigos e dos amores, é coragem. Que deixar de andar nas ruas tão conhecidas para outras nunca antes pisadas, é coragem. Que ir de onde tudo "estava sob controle" para encarar algo novo, ter jogo de cintura com diversas situações e firmar algo, profissionalmente falando, é coragem.

Coragem, o que é coragem?

Conquistar espaço, pessoas, lugares é ter coragem? Eu sei que eu tenho coragem de conhecer. Pelo conhecimento, sou sedenta. Seja ele qual for. Aí a gente vai, vê se presta ou não, e escolhe o que é encantador.

Eu queria estar em vários lugares ao mesmo tempo e ter o poder do teletransporte. Eu queria ter coragem para ser isso. Eu queria entender o porquê da gente ainda jogar tanto lixo na rua, gastar tanta água, fazer tanto mal à natureza, mesmo sabendo que o impacto disso tudo pode ser VISTO e SENTIDO (cerca de 550 mortos com as enchentes causadas pela "chuva"; Calor da porra em Recife!; Nos países frios, têm gente morrendo de frio?) hoje. HO-JE.

Quero saber quando é que a gente vai ter coragem de ser gente.


sábado, 8 de janeiro de 2011

Ano novo, vida nova...

Mesmo que nada ou quase nada mude, a gente sempre diz ou ouve as pessoas dizerem isso. Talvez seja a esperança - mesmo que apenas teórica - de que as coisas realmente possam ser diferentes, talvez seja clichê bááásico dito da boca pra fora, talvez a nossa brasilidade que nos faz confiar no amanhã. Talvez isso ou aquilo.

Mas eu me sinto muito feliz em dizer e viver isto do fundo do meu coração e com a maior força e realismo possíveis. Só não digo que eu também estou nova por completo, a gente é sempre duro para as mudanças íntimas e eu sou campeã em procrastinar mudanças necessárias. Mas a vida tem suas manobras... Porém, contudo, todavia sou/estou muito feliz hoje, como/quando/por que/para que/onde me encontro. Sempre gostei muito dos dizeres de Meireles e os tomava para mim: Não ando perdida, mas desencontrada. E é como eu realmente me sentia. Quando me queixava disso, minha mãe dizia que eu parecia alguém que chegou ao fim da vida, onde não tinha mais tempo de reparar os erros ou construir coisas novas - mas eu sempre fui assim, velha inside :P - e eu retrucava que tinha que correr atrás, correr contra o tempo, antes que ele me atropelasse. Sim, como alguém que tivesse já sido atropelado pela vida. Divagações quase à parte, hoje eu respiro aliviada e tranquila: me reencontrei.

A certeza de que hoje estou exatamente onde gostaria de estar é simplesmente indescritível. Renasci em vários aspectos, enfrentei vários monstros meus e não consigo nem acreditar que estou superando tantas coisas em tão pouco tempo. Larguei a barra da saia da mami, larguei a província onde todo mundo conhece tudo e todos, a segurança familiar, a certeza de todos os passos e... nunca me arrependi por um segundo sequer. Meu coração sempre dizia para seguir e o danado não errou! E essa é a dica: se você tiver um coração escandaloso que diga para você fazer determinada coisa e insiste nisso, siga-o! Não imaginaria que Paulo Coelho seria referência, mas ele está certíssimo quando diz que "O medo de sofrer é pior que o próprio sofrimento, e nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca do seu sonho".

E eu, que gosto de terra, de verde, de cheiro de mato ousei gostar do barulho, do concreto, das longas distâncias. Por que o preço é pequeno demais diante da felicidade. Hoje as asas no meu peito fazem mais sentido que nunca, a esperança mostra suas recompensas e a lei de ação e reação mostra toda sua generosidade. A felicidade é quente, quente, quente. Assim, bem nordestina, sabe? Chega, desconfiada, quietinha e vai te conhecendo, vendo se tu a mereces; e aí te enxe de carinho, de DOIS beijinhos, de abraço e de colo. Pra quê mais? Hoje estou feliz, hoje tenho paz. Hoje estou cada vez, literalmente, mais perto do céu. Ano novo, vida nova. Adeus clichês sem sentimento, a coisa aqui é real. Adeus medos, dificuldades, dúvidas, eu vou voar. O chute não foi na trave, foi certeiro... foi Gol. É Gol. :) :)