domingo, 5 de dezembro de 2010

Feira, conta de luz, de gás. Êta belezura!

Sim, galera, morar "só" é uma experiência e tanto, mas nem tudo são flores. Eu sei que é maravilhoso arrumar a bagunça do quarto quando a gente bem entende ou quando a gente cansa de passar pela sala driblando para não tropeçar nos calçados que você usou para ir ao trabs na segunda, terça, quarta, quinta e hoje, sexta, estão atrapalhando o tráfego. rs

Que painho não me ouça, mas eu e Nara, together, já batemos o record dos records que qualquer ser humano possa imaginar. Adoro lembrar quando o lixo do banheiro tava aquela "cerejinha-do-sorvete", sabe? Demos esse lindo nome: "Oh, vai trocar porque já tá 'nível cerejinha'!" Sabe como é, né? Mas quando Nara tentou equilibrar os fios do cabelo dela na nossa montanha, como uma cerejinha, e eles caíram, notamos que OPS!, GALERA, ASSIM NÃO PODE, ASSIM NÃO DÁ! PERDEU A GRAÇA. Pois bem, se tu não, vez ou outra a gente se divertia com isso. Só que depois batia a noção e arrumávamos toda a casa, como quem diz (beijo para a querida Dona Ângela, a mãe de Nara, que tanto fala essa frase que me mata de rir): hoje tem visita!

Fora essas dúvidas mortais de arrumar todas as coisas no fim de semana ou arrumar todo dia um pouquinho de tudo, o famoso suja-limpa, tem aquela velha saudade daqueles almocinhos de mel-dels-do-céu. Zefinha, um beijo especial para você. Sinto muita saudade das suas peripécias, da sua galinha guizada e de seu feijão. Oh, my, oh my myyyy! Tudo bem, a vida é assim, e agradeço por ter restaurante delicioso mineiro, vez ou outra, Sr. Martins logo ali perto do trabs e tantas outras coisas. MAS A GALINHA GUIZADA DE ZEFINHA...

Bem, vim até aqui para falar dos primeiros dias de julho, quando chegamos., no que se refere a compras, apartamento, bagunça. Nara já estava na agência, trabalhando, e eu e Carol ainda íamos acertar as nossas vidas. A gente tava, enquanto isso, se divertindo com a idéia de donas-de-casa. Então era o dia inteiro passeando, comprando coisas pra casa, fazendo almoços diferentes, saudáveis, bonitos. Claro, não durou um mês essa variedade de café da manhã, almoços e jantares rs. Até que conhecemos o poder do pão de forma, queijo prato e presunto.

Lembro do dia em que acordamos cedo para comprar as coisas que estavam precisando pro apartamento. Coisas de cozinha, comidas, etc. Engraçadíssimo não ter noção de preços, não é? Tudo é barato demais ou caro demais rs. Compramos logo um carrinho de feira e nos debandamos pelas ruas do paraíso. Obviamente, nossa energia para fazer feira, andando, no lugar menos caro (no Extra da brigadeiro) com o nosso carrinho, só aconteceram umas 4x. Risos, né, minha gente? O bichinho ficou atrás da porta e foi esquecido. Olha, nossas feiras. A gente até tentou ir nos dias de quarta-da-verdura-e-da-fruta no supermercado. Tudo amostrada, comprando fruta, verduras mil. Até liguei pra painho pra saber qual era a melhor batata doce: se era a rosinha clara ou a bem escurona. Pensamos, num surto louco, em fazer feijão também. Novamente, ligo para painho para saber que componentes comprar. Enfim, tadinhos dos nossos pais, mas, olha, admiro-os demais, viu? Quantas vezes Socorro já não recebeu ligações minhas e de Carol pra dizer como tempera não sei o quê? rs. Beijos, pais. Vocês são maravilheis. PORQUE ESCOLHER A MAÇÃ CERTA, A MACAXEIRA QUE NÃO FICA DURA OU AS LARANJAS NÃO É PRA QUALQUER UM. 

E digo mais: eu que tanto queria pegar várias coisas na feira lá de casa, hoje entendo meu lindo pai me tolhendo. Pense na escolha que a gente fazia pra não dar um absurdo. Era uma tolhendo a outra: "Não, minha gente, vamo pensar se é necessário isso, a gente já tá levando isso e aquilo, pode estragar, pode não sei o quê..." E, né, achei alguém que tem o paladar mais infantil do que o meu: Nara. Enquanto isso, Carol fazia dieta. Eu só sei de uma coisa: nessas idas e vindas às compras, na nossa casa não faltava GELATINA, CERVEJA E SORVETE. Outra coisa não, mas GELATINA. Ai, essa da gelatina nem comento. Marinheiras de primeira viagem (ou primeira compra rs) é aquela coisa bizarra: vê promoção "compre mil e leve ingresso pra cinema..." Aí pronto. Tenho gelatina até hoje rs.

É, né? Fora a nossa feira semanal de não sei quantos reais (juro, não sei como a gente gastava tanto...e OLHE que a gente se tolhia MUITAS VEZES), tinha a conta de luz, conta de gás, etc. Sobre essas duas, nem reclamo. Quase soltamos fogos quando uma vez a conta deu MENOS DE 10 REAIS e a Eletropaulo disse que não precisava pagar, deu desconto, sei lá o quê. Hehehe.

Falando dessas coisas deu uma saudaaaade. Nas nossas bagunças, medo do corredor (nosso corredor tinha um tamanho de dois passos), seriados, filmes, sorvete, pipoca, pizza, aventuras e andanças, essas duas maravilhies tão deixando muita saudade. Ah, se tão. E aí, todo mundo pergunta: Laryssa, como é que tu vai conseguir viver sem Nara? Engraçado, todo mundo faz a mesma pergunta pra ela. E a gente, que é forte e três línguas (piada interna), diz que vamos sobreviver rs. Bem, o destino uniu e foi um fogo e gasolina lindos. Carol fazia a ponte do equilíbrio. Quando ela foi embora, disse que mais dias menos dias eu e Nara íamos nos matar. Quase isso que aconteceu, querida Caramelo. Brinks rs. Eu odiava Nara e ela me odiava, mas ela me ama e eu a amo (a gente não diz uma pra outra não, que é segredo). Hahahahaha. Brincadeiras mil à parte, foi uma experiência e tanta! E se a primeira temporada (é, nomeei essa primeira fase em sp, esses 5 meses, como a 1ª temporada) dos seriados que temos por aí é geralmente a melhor, acho que a vida vai imitar a ficção. Foi lindo. Foi amor. Demais, inclusive. E, com a gente, ficou o crescimento, as boas histórias, boas lembranças, mil conversas e, sim, o aprendizado. E odeio quem banaliza o verbo amar. Tá? Não gosto mesmo. Mas eu posso dizer que ficou amor, carinho, compreensão. E aqui dentro, só ficam os bons. Nara e Carol são. Sim, foi amor.

Ê, saudade.

Porra, chorei agora. 

E tudo isso eu vim postar porque lembrei das nossas feiras hoje de manhã quando fui com Ana, minha companheira de quarto, de feira e de estado (é de Recife rs) fazer feira de frutas e verduras na Alameda Lorena, numa feira de rua. Uma belezura, viu? A gente foi tão pomposa rs. E ainda tomei aquele caldo de cana beeeem geladinho. Fazia anos que eu não sabia o que era essa djilícia.

Pois bem. Domingo é dia de feirinha da liberdade. FOME DE GUIOSA. Simbora!

:* e boa semana.