sábado, 8 de janeiro de 2011

Ano novo, vida nova...

Mesmo que nada ou quase nada mude, a gente sempre diz ou ouve as pessoas dizerem isso. Talvez seja a esperança - mesmo que apenas teórica - de que as coisas realmente possam ser diferentes, talvez seja clichê bááásico dito da boca pra fora, talvez a nossa brasilidade que nos faz confiar no amanhã. Talvez isso ou aquilo.

Mas eu me sinto muito feliz em dizer e viver isto do fundo do meu coração e com a maior força e realismo possíveis. Só não digo que eu também estou nova por completo, a gente é sempre duro para as mudanças íntimas e eu sou campeã em procrastinar mudanças necessárias. Mas a vida tem suas manobras... Porém, contudo, todavia sou/estou muito feliz hoje, como/quando/por que/para que/onde me encontro. Sempre gostei muito dos dizeres de Meireles e os tomava para mim: Não ando perdida, mas desencontrada. E é como eu realmente me sentia. Quando me queixava disso, minha mãe dizia que eu parecia alguém que chegou ao fim da vida, onde não tinha mais tempo de reparar os erros ou construir coisas novas - mas eu sempre fui assim, velha inside :P - e eu retrucava que tinha que correr atrás, correr contra o tempo, antes que ele me atropelasse. Sim, como alguém que tivesse já sido atropelado pela vida. Divagações quase à parte, hoje eu respiro aliviada e tranquila: me reencontrei.

A certeza de que hoje estou exatamente onde gostaria de estar é simplesmente indescritível. Renasci em vários aspectos, enfrentei vários monstros meus e não consigo nem acreditar que estou superando tantas coisas em tão pouco tempo. Larguei a barra da saia da mami, larguei a província onde todo mundo conhece tudo e todos, a segurança familiar, a certeza de todos os passos e... nunca me arrependi por um segundo sequer. Meu coração sempre dizia para seguir e o danado não errou! E essa é a dica: se você tiver um coração escandaloso que diga para você fazer determinada coisa e insiste nisso, siga-o! Não imaginaria que Paulo Coelho seria referência, mas ele está certíssimo quando diz que "O medo de sofrer é pior que o próprio sofrimento, e nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca do seu sonho".

E eu, que gosto de terra, de verde, de cheiro de mato ousei gostar do barulho, do concreto, das longas distâncias. Por que o preço é pequeno demais diante da felicidade. Hoje as asas no meu peito fazem mais sentido que nunca, a esperança mostra suas recompensas e a lei de ação e reação mostra toda sua generosidade. A felicidade é quente, quente, quente. Assim, bem nordestina, sabe? Chega, desconfiada, quietinha e vai te conhecendo, vendo se tu a mereces; e aí te enxe de carinho, de DOIS beijinhos, de abraço e de colo. Pra quê mais? Hoje estou feliz, hoje tenho paz. Hoje estou cada vez, literalmente, mais perto do céu. Ano novo, vida nova. Adeus clichês sem sentimento, a coisa aqui é real. Adeus medos, dificuldades, dúvidas, eu vou voar. O chute não foi na trave, foi certeiro... foi Gol. É Gol. :) :)