domingo, 24 de outubro de 2010

Meu!, tô zoada!

Então rs (começo de respostas com então é bem coisa de paulista e, confesso, já pegay, hehe). Vou falar aqui das gírias e dos sotaques, tá? Acho digno. Só porque eu sempre achei sotaque uma coisa charmosinha de mel-dels-do-céu.

Olha, me desculpem os outros, mas o do pernambucano é, definitivamente, o mais charmoso. Falo com conhecimento de causa, tá? E é a minha opinião, de toda forma. Eu sempre disse que tinha de me apaixonar só por pernambucanes. Imagine ouvir uma declaraçãozinha desse jeitinho no ouvido. É bom demais, minha gente! E quando ouço esse arrastadinho nas músicas cantadas por Otto, Felipe (de mombojó), China, Lirinha, dentre outros, aí é que a coisa fica braba e faz um turu-turu aqui dentro. Sinta logo o "d" do "fodia" e do "dia" e o "t" do "noite", quando Otto canta Crua, no verso: "Mas naquela noiTE em que eu chamei você  foDiiia de noiTE e DE DIaa". Ai, esse cedê dele é incrível! Amor faz dessas coisas, né. Alessandra Negrini, sua linda!, você tem parcela de culpa. Pra quem quiser escutar, aconselho ouvir por inteiro, galere, mas as músicas 6 minutos, Saudade e O Leite, para mim, são as melhores. Tem até regravação de Naquela Mesa, de Nelson Gonçalves. Por essa, tenho um apreço imenso e saio no embalo desse breguinha antigo da melodia.

Beleza, mas vou dizer uma coisa: sotaque paulista é uma graça, é uma djilícia. Não tou falando dos brow, tá? Agora eu falo dos paulixtas (Como eu tiro onda com o pessoal que fala o nome da novela "Txi-Txi-Txi" e não Ti-Ti-Ti, como yo hablo, eles bem que poderiam zoar com o X que a gente usa no lugar dos S, né? Então, vou dar idéia não.). Sim, eles vêm me conquistando. Lembrei de Vanessa, lá da agência. Ela que me fez notar o "meu", "zoada", "aham" falados por eles. Em um dos primeiros dias, ela veio se apresentar, achei tão massa. Vez ou outra, tira umas onda comigo, falando o "velho" e o "salgaDInho" (com a entonação forte no "d", como a gente faz), haha, é lindo que só. E aí, volta e meia eu escuto ela falando com os meninos:  "Meeeeeu, tá me zoaaando?" Olha, é muito bonitinho, viu? É charminho, galera.

Traduzindo:
  • Meu aqui é igual ao Velho da gente.
  • Zoada é igual ao ferrada, lascada, fodida da gente. Não, zoada não é barulho!
  • Sim, fodida aqui é alguém que é muito bom. Descobri quando tava existindo ruído de comunicação numa conversa em um almoço. "Meu, sabe fulaninha da agência tal? Ela é fudjida! Todo mundo que ela indica, entra." Parei e pensei: como ela é fodida se quem ela indica entra? Hahahaha. Pronto, entendi que isso aqui é bom. Já justificaram, certa vez, e me convenceram. Saca só o pensamento: Foder é uma coisa boa, né? Por isso que fudjida é alguém muito boa. Sabe os trabalhos massa? Pronto, aqui os trabalhos são fudjidos! Desculpem os palavrões, mas espero atingir a comunicação, somente, rs.
  • E cerrinha de unha? Camila acha engraçadíssimo o "cerrinha". Aqui é lixa de unha, né? E agora, ela me chama de cerrinha. rs.
  • Aaaah! Sabe aquele "aham" de modelo? ELES FAZEM. Aquele que Ingrid Guimarães fazia quando interpretava a modelo Leandra ou "Leâdra" Borges em um quadro do Fantástico. 

Tô de censa. Confeito. Tabacudo. Diadema. Tantas e tantas palavritas que se a gente fala por aqui, tá falando grego. Adoro quando Nara vem contar as histórias dela do dia-a-dia. É muita onda! Um dia desse, ela disse pra chefe: "Ah, ele vai fazer porque ele não deu na mãe dele! Flávia, bestificada: "Como é? Ele não deu o quê?" HAHAHAHA. Ai, ai. No Brasil, as mil diferenças. Se você quiser, ninguém te entende, mesmo falando português. E tenho dito!

    Ah, o mico de ontem foi no restaurante: moça, mostra pra gente um acompanhamento massa para essa carne. Ela: "Massa? Tem massa aqui!", apontando pro lado do cardápio onde tinha penne, fettuccine, dentre outras MASSAS. Hahaha. A gente riu meia hora e a mulher também, claro.

    Outra coisa. Com o tempo, a gente vai adquirindo alguns vocabulários daqui, isso é fato. Não muda sotaque, mas chega com um "então", um "zoada", vez ou outra. Se o objetivo é se fazer entendido, vamos usar das possibilidades, né? Sem abusar. Eu lembro depois da festa do vê eme bê, no outro dia. Tava ferrada, quase sem voz. Aí eu me fiz entendida muy bien com um "caramba, a melhor palavra pra me descrever hoje é: "zoada! tô zoada!".

    Bom, voltando aos paulistas. Eles têm uma desenvoltura bonita quando falam. Não todos, claro, como nem todos os pernambucanos, mas na verdade verdadeira, acredito que, inconscientemente, é o charme atrelado ao sotaque que me fascina. Pronto, fechou gestalt. 

    Vamos almoçar que ninguém é de ferro. A gente precisa dele, isso sim.

    Bom início de semana!

    Lary.

    6 comentários:

    1. Fico rindo só de pensar tu chegando aqui com essas gírias paulistanas! Hahaha
      Sua fudjida! :P
      Adorei, mano!
      :*

      ResponderExcluir
    2. ow, van, nem vou chegar falando assim, tu sabe.

      mano e mina é muito brow, tá? hehe.

      ResponderExcluir
    3. putzzz... eh mto brow mermu
      na real eh mtoo black neh?!
      Affffff

      esse lance de sotaque eh MASSA mermu! Adorooo
      ri litros com esse post



      saudades e ate o proximo sonho!

      ResponderExcluir
    4. ow deus, um dia vou te visitar e participar de um pouco de tudo isso XD


      :*

      ResponderExcluir
    5. A conversa do almoço poderia ser assim: "a fulaninha que foi indicacada pela fudjdida da agência tal? é uma cagada!

      ResponderExcluir
    6. mano, mó escroto essas parada de giria aew, ta lgd? fudjido, meu. fora isso, é suave, truta.

      ResponderExcluir